terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pronunciamento Quinteiro na CPI do pedágio dia 17.09.2013



"Senhor Presidente, Srs. Deputados efetivos, suplentes, senhoras e senhores que nos acompanham, eu ouvi da parte (estive aqui de uma maneira muito atenciosa) do depoente, ouvi também todas as indagações e as manifestações dos Deputados. Eu gostaria, com muito respeito a esta Casa, e em especial a esta CPI, a esta Comissão, até por que o tema é de extraordinária relevância para o nosso Estado, para a nossa gente paranaense, de chamar a ordem os trabalhos desta CPI. E por que chamar a ordem? Nós estamos evidenciando aqui convites e não convocações - e nós agradecemos às pessoas que estão vindo aqui, como colocado pelo Deputado, espontaneamente, para prestar um serviço a esta CPI de informações e assim por diante, mas me preocupa muito o que nós estamos percebendo. Não é só o caso aqui hoje tratado, nós estamos diante de depoimentos que estão caminhando para o subjetivismo. E eu vou traduzir isso: o subjetivismo é muito diferente do objetivismo ou das questões objetivas. Quando nós, por exemplo, fazemos algumas indagações partindo de qualquer um dos Deputados, nós estamos vendo nesta Casa, Sr. Presidente e Sr. Relator Deputado Douglas Fabrício, muitas considerações subjetivas embutidas até mesmo nas indagações, e isso pode induzir ou prejudicar aquele que está prestando o depoimento. E da parte de lá do depoente eu também tenho percebido o subjetivismo, que é natural do ser humano emitir a sua opinião a respeito de determinado tema, mas que pode, em dado momento, comprometer a riqueza da informação que o depoente traz. Então, eu estou propondo aqui, neste momento, para que os trabalhos caminhem de uma forma equilibrada, que exista um esforço, apesar da liberdade do Parlamentar, da objetividade das suas indagações àquele que está respondendo; e daqueles (aí a condução é do Presidente) que estão respondendo, que estão sendo indagados, espontaneamente presentes aqui ou convocados, que tenha a oportunidade também de responder de forma objetiva as indagações, porque olha se nós formos perguntar a cada um que aqui está ou que está nos assistindo o que pensa deste ou daquele assunto é evidente que a opinião é muito grande. E para concluir eu também quero dizer - e quem tem a formação aqui do Direito, e é o caso do nosso querido Dr. Homero, que é da formação do Direito, o Direito é uma ciência que ela não é exata, ela é uma ciência inexata. É por isso que nós temos toda essa controversa, nós temos decisões diferentes. Então, nós temos considerações múltiplas a respeito desses atos que foram praticados pelo Governo “A”, “B” e “C”. Então, para melhoria dos trabalhos, eu quero propor a esta CPI - e fique registrado nos anais desta Casa, fique registrado nas notas taquigráficas - que nós precisamos trazer objetividade nas indagações e nas respostas, sob pena de nós cairmos aqui no campo doutrinário. E o que é o campo doutrinário? O campo doutrinário é estabelecer: o contrato pode ser quebrado? Teoricamente, doutrinariamente, pode. É evidente, é contrato público. Agora, como isso pode acontecer, quais as consequências disso? O poder público pode ir no Poder Judiciário ao invés de um ato unilateral do governante? Pode. O Tribunal de Contas pode tomar esta ou aquela providência? Pode. A Assembleia Legislativa pode também se posicionar? Tudo pode, mas tem consequências e tem um órgão, um órgão não, um poder chamado Poder Judiciário que pode modificar a minha opinião, a do depoente e de qualquer Deputado aqui. Então, finalizo dizendo: vamos trazer objetividade nas indagações, objetividade nas respostas. Vamos tirar o subjetivismo daqueles que estão sendo ouvidos, sob pena de nós transformarmos esta CPI num momento meramente de peças retóricas, retóricas. E isso não vai proporcionar ao relator um bom relatório e uma evidência de fatos que possam beneficiar a solução daquilo que nós queremos, que nada mais é do que mais obras, no caso de duplicações das rodovias do Paraná, um bom preço, enfim, um equilíbrio. Se a União tem competência para vir que venha. Se o Estado precisa avançar que avance, mas vamos tratar com objetividade e, sobretudo, com equilíbrio. Obrigado, Sr. Presidente!"

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